quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Estamos Orando por você Iracema

     Como sempre a vida nos pega de surpresa, hoje minha esposa foi diagnosticada com uma anomalia grave: Gravidez tubária rota, todos nos familiares estamos aguardando com muita fé em DEUS que sua cirurgia seja normal. Enquanto aguardava sua saída do centro cirúrgico resolvi escrever  sobre essa doença com a esperança de poder contribuir com um poco de informação a todas as mulheres com idade fértil assim como minha esposa.
Gravidez ectópica ou tubária é toda gravidez que se localiza fora da cavidade uterina, que é sede normal de sua implantação e desenvolvimento. O ovo , segundo o especialista em ginecologia e obstetrícia Dr. Ilveu Cosme Dias, pode se fixar em várias regiões do organismo materno, como por exemplo na cavidade abdominal, trompas de Falópio, ovários, canal cervical e cornos uterinos. Cerca de 95% dos casos se localizam nas trompas, ocasionando uma freqüência de, aproximadamente, 1 para 250 a 300 gestações.
As causas são as mais variadas, destacando-se que qualquer fator que dificulte ou impeça a passagem do ovo pelo canal tubário favorece a gestação extra-uterina. Assim sendo,a atividade trofoblástica anormal (ovos hiper ou hipoativos), anormalidades do trajeto tubário (constrições, alongamentos, compressões) ou anormalidades da mucosa tubária (endométrio ectópico) são fatores que favorecem a gestação ectópica tubária, explica o ginecologista.

Sintomas

Segundo os especialistas, os sintomas são os mais variados, dependendo se a gravides ectópica  está íntegra ou rota. Neste caso, é preciso citar a amenorreia (ausência de menstruação), presente em menos de 50% dos casos; a dor abdominal tipo cólica, persistente, unilateral, localizada no baixo ventre e o sangramento vaginal irregular.
Quadro clínico de dor abdominal intensa, abdome agudo, hipotensão, anemia e choque caracterizam a gravides ectópica rota.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico e laboratorial. Neste priorizamos a dosagem de BHCG (hormônio da gravidez) e a ultra-sonografia endovaginal. Se a paciente apresenta dosagens de BHCG superiores a 1.000 UI/ml e ausência de saco gestacional intra-útero ao exame de US endovaginal, a gravidez é, certamente, ectópica.
Os especialistas explicam ainda que toda paciente em idade de vida reprodutiva, com dor abdominal, deve ser avaliada sobre a possibilidade de gestação ectópica. O diagnóstico diferencial deve ser feito com apendicite, cisto de ovário, doença inflamatória pélvica, abortamento, infecção urinária, entre outros.

Tratamento

O tratamento, segundo o especialista, é principalmente cirúrgico, preferentemente vídeo-laparoscópico, com preservação da trompa, sempre que possível. Outras alternativas de tratamento são: conservador com acompanhamento seriado da queda do BHCG e injeção de metotrexate no sítio de implantação do ovo, guiado pelo US endovaginal, associada a dosagens de BHCG seriadas.
Estas duas últimas modalidades de tratamento só são aconselhadas em situações muito especiais, e em pacientes muito bem selecionadas, devido ao risco que o próprio quadro clínico se impõe, lembra o médico.

Prognóstico

O prognóstico geralmente é muito bom, quando o diagnóstico é precoce e o tratamento é realizado por profissional experiente, o qual deve estar sempre pensando no futuro reprodutivo da paciente. Quando acontece demora no diagnóstico e no tratamento, os riscos são maiores, podendo-se chegar a problemas abdominais grave 


Que DEUS abençoe a cirurgia de minha esposa.








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